quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O ASTRO REI - CAPÍTULO TRINTA E TRÊS E EPÍLOGO (FINAL)

Bom dia meus queridos leitores, hoje começando o dia com o capítulo final dessa história que foi envolvente, divertida e emocionante.
Bora então ler?
Boa leitura a todos e novamente agradeço a todos que acompanharam mais essa trajetória de leitura diária.

CAPITULO 33:
A LÁGRIMA DO PALHAÇO


O buffet já era um sucesso, quatro meses após eu ter ganho esse super presente do senhor Igor, o buffet Brilho do Astro era espetacular, o que me dói era saber que talvez eu tivesse roubando os clientes de Luís, mas na minha saída ele deixou bem claro estar feliz pela minha nova alçada:

- Fabrício brilhe como nunca e obrigado por tudo que fez por nós.

Essas foram as suas ultimas palavras, depois disso ele chorou, e implorou para eu ficar, no fim ele só estava tentando ser forte... Esse Luís é uma figura.

Vivis se adaptou a toda a rotina administrativa e organizava tudo perfeitamente, eu nunca pensei que ela tinha esse dom para negócios:

- Palhaço você entra as seis depois dos mágicos.

- Sim senhora.

- E faça um bom show viu.

- Vivis eu sempre faço um bom show.

- Eu sei Fabrício, mas é que eu não posso perder a pose né.

Vai lá entender essa minha irmã.

As boas notícias não param por ai, pois eu seria titio, não, não, Hélio não seria pai, mas Vivis e Julia conseguiram a guarda de um menino de cinco anos, seu nome era Carlos, logo de cara já nos demos bem, eu levava ele para jogar futebol, no fliperama, comíamos doces escondidos da Vivis, era a minha segunda alegria, já que a minha primeira era a espera por Sofia, faltava um mês para o seu nascimento. Como o tempo passa viu:

- Amor, pode pegar os meus chinelos, não consigo me abaixar.

- Deixa comigo, amor, nossa sua barriga parece maior hoje.

- Você diz isso todo dia Fabrício.

- Mas hoje é verdade.

Nesse momento Edson entra no quarto com tudo:

- Pessoal...

- Edson não sabe bater não?

- Ei se acalme meu camarada, foi apenas impulso.

- Tudo bem, mas diga o que houve?

- Recebi notícias de Tamara.

Tamara havia meses que não falávamos nela, nem sequer sabíamos o que havia acontecido com ela:

- O que tem ela Edson?

- A cuidadora dela me ligou, Tamara teve um surto e se matou.

- O quê?

- Sim, depois da alta, eu resolvi pagar alguém para cuidar de Tamara, era o mínimo que podia fazer por ela, mas nas ultimas semanas, a depressão dela piorou, e ontem pela madrugada, Tamara ingeriu um frasco inteiro de antidepressivos, a dose foi tão forte que ela convulsionou e caiu da cadeira, a cuidadora só a encontrou pela manhã caída no chão e morta.

Que tragédia, infelizmente ela não quis seguir o conselho de Joice, ela preferiu morrer à viver:

- Muito triste, mas esse foi o fim que ela escolheu.

- Ela já foi enterrada Edson?

- Sim, nem velaram o corpo, foi algo triste, tudo aconteceu a duas semanas, mas só me comunicaram hoje.

Olhei para Joice, temi que ela ficasse mal por essa notícia, o que seria normal, afinal ela foi a única que se preocupava com Tamara:

- Meu amor deveríamos levar flores no túmulo dela, seria uma última homenagem, ela quis trilhar esse caminho, que Deus a conforte onde quer que esteja.

- Como queira minha vida, faremos isso essa semana.

De repente...

- Ai...

- O que foi?

- Um dor... Aiii...

- De novo?

- Sim... Aiii... Aiii...

- Amor?

- Fabrício, acho que chegou a hora.

- A hora do quê?

- Ai meu Deus... Da Sofia nascer.

- Mas ainda falta um mês.

- Eu sei, só que alguém não quer esperar... Aiii... Aiii... Rápido... A bolsa.

- A bolsa... As chaves... AH MEU DEUS... SE- DIKAÍOOOOOOOUUUU VAI NASCER.

A confusão se armou nesse momento, pois o senhor Igor chegou correndo apavorado, começou a me sacudir chorando, Edson ficou abanando a Joice e eu estava paralisado, até que a minha sogra, santa sogra, apareceu:

- MANTENHAM A CALMA.

- SIM SENHORA.

Dizemos todos em um coro:

- Fabrício pegue a bolsa da maternidade, agapitós vá ligando o carro, Edson ligue para todos, estamos indo para o hospital agora.

Falei ela era uma santa nos momentos mais desesperados:

- RÁPIDOOOO.

- SIM SENHORA.

Ou não. 

-

Chegamos ao hospital mais rápido que um trem, no caminho nós ligamos para o doutor Lucas que já estava no hospital:

- Vamos para o centro cirúrgico, leve-a.

- Eu vou também.

- E eu também.

- Agapitós... Você fica, esse é um momento do casal.

- Mas gynaíka.

- Você fica.

- Droga...

Eu sei o quanto todos estavam ansiosos e eufóricos, mas ao menos dona Vera era a razão em meio a tanta loucura. Seguimos rapidamente para o centro cirúrgico, eu tive que usar umas daquelas roupas verdes, enquanto preparavam Joice, logo voltamos a nos encontrar, lado a lado, mas logo começaram os gritos:

- Força Joice...

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIII...

- FORÇA JOICE, ESTAMOS QUASE LÁ...

Eu tive que me sentar por que minhas pernas ficaram completamente moles:

- VAI, ESTA VINDO... ESTA VINDO... ESTA...

O choro ecoou pelo centro cirúrgico, e finalmente eu vi, Sofia, ah minha nossa, ela era linda, as lagrimas começaram a cair sem nem eu perceber, ah que felicidade, que emoção:

- Fabrício, quer cortar o cordão umbilical?

- Doutor vou deixar isso com você, melhor cada um com a sua profissão.

Rimos da piada, e minutos depois de limparem ela, e fazerem um rápido exame, enrolaram Sofia num lençol e a trouxeram para Joice, que a segurou nos braços totalmente emocionada:

- Oh... Minha kóri... Minha linda kóri.

Ela estava emocionada, e eu fiquei ao seu lado, Sofia havia parado de chorar e parecia reagir ao som da voz de Joice, eu não conseguia para de chorar, acho que uma vez eu me perguntei, será que palhaços choram, acho que nem mesmo um palhaço não consegue controlar a emoção de ver o nascimento de seu filho, essa é a verdadeira lágrima de um palhaço:

- Ola Sofia, eu sou seu papai... É o seu papai...

- Pegue-a amor...

- Posso?

- Claro, tome cuidado.

A peguei no colo e fui tomado por um choro descontrolado, minha filha nasceu... A minha princesa, ah que emoção...

-

Momentos depois todos já estavam no quarto, Joice estava sentada na cama, e Sofia dormia ao seu lado, o senhor Igor estava todo babão em cima e a todo momento ficava a cutucar a mim e dizia:

- Ela se parece comigo né.

- Senhor Igor nem da para saber com quem ela se parece ainda.

- Aaaah gamprós você não quer admitir vai.

- Bampás, você vai acordá-la.

- Desculpa kóri... Mas minha engoní se parece comigo.

- Ignore-o, como você esta minha filha?

- Bem, consigo já caminhar bem, e já produzo bastante leite.

- Que bom, esta vendo como nossa rigidez na gestação ajudou você a produzir leite.

Nesse momento feito um furação louco eis que surge a tia mais doida da face da terra:

- ONDE ESTA MINHA SOBRINHA.

- Xiiiiiiiiiiiiiiiiii... Você vai acordá-la Vivis.

- Ah pare de ser chato Fabrício... Ah meu Deus que princesa, vejam ela se parece comigo.

- Não mesmo Vivian, ela se parece comigo, o avô.

- Se fecha grego velho, ela se parece com a tia.

- Da pra vocês pararem com isso, oh dupla viu.

Me aproximei no berço onde Sofia dormia, e acariciei o seu rosto, era bem lisinho, branquinha e com poucos cabelos, linda, ah minha florzinha, não há felicidade maior do que essa, eu não poderia ser mais feliz do que sou agora, garanto que estou completo, tenho uma esposa linda, uma filha mais linda ainda, e uma família completamente unida e perfeita:

- Eu já falei o velho grego ela se parece comigo.

- DEN... DEN... SE PARECE COMIGO TAPINHA DE GARRAFA.

- COMIGO...

- COMIGO...

Quase unida e perfeita.


EPÍLOGO

                

Hoje era um grande dia, o aniversário de um ano da Sofia, organizamos tudo no Buffet Brilho do Astro, e convidamos toda a família, Vivis venho acompanhada de Julia e Carlos, Edson surgiu junto de Antonela, parece que a argentina conquistou ele mesmo, Suzana veio junto com o senhor Igor, dona Vera e Hélio, o resto da família e amigos lotaram o espaço.

Fizemos tudo a gosto de Sofia, uma decoração toda em rosa e branco, um bolo de três andares, muitos doces, balas, bombons, refrigerantes, lanches, tudo para prestigiar minha linda filha, claro ela mal sabia o que estava acontecendo, mas pelo menos deu perceber que estava deslumbrada com tudo que foi feito:

- Amor cadê os palhaços?

- Ah perái que vou chamá-los.

Sai correndo e entrei pelas cochias, me vesti rapidamente e logo as luzes se apagaram, no palco surgi uma luz, e dos alto falantes a voz de Vivis que faz o anuncio:

- Senhoras e senhores, jovens e velhos, gregos e não gregos, eis que agora apresento-lhe o nosso famoso e único PALHAÇO ASTRO REEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIII..

Começo dando minhas cambalhotas e paro de frente para todos e jogos meus confetes, os aplausos vieram em seguida, mas meu olhar estava apenas direcionado para Sofia, ela me olhava fascinada, e eu pude ler os pequenos lábios disseram “papá”:

- Hoje o meu show é destinado a minha linda e doce kóri, a Sofia, que ela saiba e todos aqui também saibam o quanto eu a amo, ela é a luz da minha vida, foi ela quem me deu o melhor presente que já recebi, que é esse sorriso, e claro que ela aprenda a nossa filosofia, afinal todo palhaço...

- NUNCA DEIXA DE SORRIR...

               
FIM

terça-feira, 8 de novembro de 2016

O ASTRO REI - CAPÍTULO TRINTA E DOIS (PENÚLTIMO)

Bom dia leitores, começando mais um dia de leitura com o nosso penúltimo capítulo dessa história envolvente. Bora ler então!
Capítulo trinta e dois no ar!
Boa leitura a todos

CAPÍTULO 32:
O BRILHO DO ASTRO

                

Por hora não tínhamos mais o que fazer, me despedi de Edson e fui para casa com Joice e o senhor Igor, eu não conseguia acreditar no que havia realmente acontecido. Joice estava recomposta, mas ainda sim exibia um olhar triste, talvez ver o fim da amiga desse jeito a abalou mesmo:

- Amor você esta bem?

- Estou tentando aceitar esse fato... A Tamara... Ela perdeu... Perdeu o bebê...

- Calma meu amor, infelizmente não podemos fazer nada, o que eu não consigo entender porque isso foi justamente acontecer com ela.

- Gamprós acho que essa menina colheu aquilo que plantou.

- Bampás!

- Kóri, você tem o coração bom, ela não, infelizmente se a situação fosse ao contrário, você acha que a Tamara estaria chorando por você?

Infelizmente meu sogro tinha razão, Tamara não choraria se a situação fosse ao contrário, talvez nem ligaria sequer para o que realmente estava acontecendo, agora eu posso até entender que esse era o fim que ela mereceu:

- Mas é triste a gente ficar feliz pela desgraça alheia bampás.

- Eu não estou feliz pelo fim que tudo isso levou kóri, só estou dizendo que toda essa infelicidade caiu sobre Tamara, por que ela semeou tantas coisas ruins...

- Seu pai tem razão meu amor, infelizmente Tamara plantou muita discórdia, quase arruinou a nossa vida, tentou nos separar, sabe são muitas coisas ruins vinda de uma pessoa.

- Eu sei de todo o mal que ela fez, mas eu não consigo aceitar.

- Vai demorar um tempo para você aceitar tudo isso, mas logo você entenderá.

- Escute seu marido minha doce kóri, ele é sábio.

- Não senhor Igor, não sou sábio, eu apenas vejo o que a minha esposa não enxerga agora, é igual a teoria dos três.

- Que teoria é essa gamprós?

- Tudo que você almeja volta para você três vezes, se faz as coisas boas, volta três vezes o bem e se você faz o mal...

- Volta três vezes o mau para a pessoa.

- Exato meu amor, talvez Tamara não conhecia essa teoria.

Abracei minha Joice, ela precisava de apoio, era uma situação difícil, mas eu sei que logo ela iria superar.

-

Dois dias depois, Tamara saiu da UTI e foi para um quarto, e Joice implorou para lhe fazer uma visita, eu não era totalmente a favor disso, por algumA atitude que comprometesse o nosso bebê:

- Amor, Tamara não vai me agredir nem nada.

- Mesmo assim, eu não acho lá um bom ambiente para você.

- Fabrício, eu vou e pronto.

- Então eu vou junto e pronto.

- Você é mais teimoso que eu.

- Não sou teimoso, sou preocupado, vou com você para te proteger ta.

Joice bufou, ela sabia que no fundo eu estava apenas tentando protegê-la:

- Tudo bem você pode ir.

- Então vamos lá.

Mesmo concordando eu sinto que essa não será uma visita tão boa.

-

O quarto em que Tamara estava era um daqueles ao estilo apartamento, tudo do melhor estava sendo dado a ela, pelo visto Edson queria de alguma forma compensa tudo o que aconteceu entre eles:

Tamara estava deita, o AVC havia deixado ela com a boca torta, era uma sequela permanente, mas eu olhar continuava o mesmo de sempre, petulante:

- Como esta Tamara?

- Inbálida...

Até a fala foi comprometida, coitada, não poderia andar, estava com o rosto torto e falava tudo errado agora:

- Viemos aqui para saber da sua saúde... Você já esta sabendo da sua condição?

As palavras de Joice fizeram com que Tamara a fulminasse:

- Voucê viu aqui pala me caçoa?

- Não Tamara, eu vim aqui para...

- Fola daqui... Agola...

Senti meu corpo ficar rígido, ingrata, eu não a deixaria ficar impune só porque estava daquele jeito:

- Escute aqui Tamara, você deveria ao menos agradecer a visita de Joice, ela quem fez questão de vir aqui, estava sempre preocupada com você, e é assim que você a trata, se toca garota, olha a sua situação, olha o seu estado, nem passando pelo que passou você quer perder a pose.

Tamara começou a chorar, não sei se de raiva, ou de repulsa, acredito que estar presa no seu próprio corpo era pior do que esta reclusa numa cela:

- Vãu embola...Pu favo.

- Nós vamos sim, e essa vai ser a ultima vez que entramos aqui, venha Joice, tem gente que não sabe ser grata a ajuda recebida.

Fui para a porta, enquanto Joice ainda a encarava, mas logo um sorriso surgiu em seu rosto e ela disse:

- Se cuida ta bom, não desista da sua vida.

Tamara virou a cara e ela não falaria nada, nem um obrigado, talvez seja pelo trauma de saber que não pode mais andar, ou talvez pela perda do bebê, isso não interessa, ela teve o destino conforme as suas atitudes, um destino trágico, muito trágico.

-

O tempo foi passando, estamos entrando no quarto mês, e estávamos no consultório do doutor Lucas, eu, o senhor Igor, dona Vera, Hélio, Vivis, Julia, Edson e Suzana, o bebê já estava bem formado, e estávamos assistindo tudo pelo monitor. Era o dia da tão esperada ultrassonografia, e as expectativas se dividiam para saber qual era o sexo do bebê:

- Vai ser um menino gamprós, eu sinto...

- Não vai ser não agapitós, vai ser uma menina.

- A dona Vera eu vou com o senhor Igor, vai ser um garotão e o Tio Edson vai ensinar ele como leva as meninas para a montanha russa.

- Edson seu nojento, vai ser uma princesa, linda e bela.

- A Suzana eu quero um sobrinho.

- Vivis você queria uma sobrinha até ontem.

- Mudei de ideia.

- Gente, vamos ficar calmos, o sexo do bebê não importar, menino ou menina, eu só quero saber da saúde desse tesouro.

- Disse tudo o que queria meu amor, agora vamos deixar o doutor Lucas fazer o seu serviço, então fiquem em silêncio.

Todos se calaram ao comando de Joice, pensa numa grávida que tinha o poder de persuadir a todos. A tela começou a projetar as imagens, deu para ver o rostinho, as mãos, tudo perfeito, os bracinhos, ah que fofo... 

- É um menino eu estou vendo...

- Bampás silêncio.

Não pude deixar de rir, esse meu sogro era uma figura:

- Bom, eu já sei qual é o sexo.

- Sério doutor, diga-nos então.

- Calma Fabrício... Quais seriam os nomes se para menino e menina?

- Se for menino Arnaldo, o nome do meu pai e se for menina será Sofia.

- Por que Sofia?

- Um nome grego para uma menina grega Vivis.

- Essa é a minha kóri.

- Bem então atentos porque vou escrever o nome da criança.

Todos ficaram atentos, e para criar mais suspense o doutro desligou o monitor e digitou para ele o nome:

- Pronto, todos olhe para a tela e...

Ela foi ligada... E o nome SOFIA surgiu sobre a foto da face do ultrassom, um coro explodiu dentro do consultório, foi uma gritaria total, o senhor Igor começou a me sacudir, a sacudir o doutor, chorou, depois abraçou dona Vera que tava eufórica, a Vivis ficava gritando “Eu sabia!” Uma loucura, mas era uma loucura de felicidade... Sofia a minha princesa:

- Esta vendo Fabrício você agora vai ter que usar a camiseta que eu te dei.

- Vou mesmo e o azul é unissex viu, eu acertei.

-

Acho que foi muita emoção nos dias que se sucederam, os bons ventos estavam ao nosso favor, eu nunca pensei que ter uma filha seria tão gratificante, eu não via a hora de tê-la em meus braços:

- Gamprós você acha que minha neta vai gostar de um carro rosa?

- Senhor Igor, já conversamos sobre isso, nada de carro.

- Mas gamprós...

- Senhor Igor, vamos nos focar em outro assunto sim, o senhor me chamou aqui no seu escritório para que? Eu preciso ir trabalhar sabia.

- É justamente sobre isso que eu quero falar com o você.

- Se o senhor for me oferecer um trabalho já vou dizendo que não aceito, amo o que eu faço e nem penso em sair dali e outra...

- Mas homem me deixe falar!

- Desculpa senhor Igor, mas às vezes eu me empolgo.

- Deu para notar, apenas escute esta bem, eu sei o quanto você ama seu trabalho e por isso eu resolvi lhe presentear com uma coisinha.

- Me presentear? Com o quê?

- Olhe aqui para o computador.

Fui ate o outro lado da mesa e...MEU DEUS...

- Fabrício esse é o seu buffet, O Brilho do Astro, em homenagem a você e ao seu pai.

No computador havia a imagem de um folder já todo trabalhado e formatado, com a imagem minha de palhaço e um sol reluzente a me iluminar, eu... Não acreditei no que via:

- Senhor Igor... Eu...

- Aceite, eu sei que você ama o que faz, então eu pensei, porque ele mesmo não tem o seu próprio buffet voltado totalmente para o publico infantil, dai a minha gynaíka me deu essa ideia, lhe dar uma empresa para você. Então gostou?

Eu não tinha palavras, era realmente um sonho, minha própria empresa, um buffet para festa infantil, Deus eu não acredito:

- Fale homem, gostou ou não?

- Adorei... Obrigado senhor Igor, eu não tenho palavras para agradecer. Obrigado de todo o coração.

- Não precisa agradecer, ah mais uma coisa, aqui estão os documents da empresa, as festas que você já tem para fazer, a lista de empregados, brinquedos, alimentação...

- Como eu vou organizar tudo isso? Eu nem sei por onde começar?

- Ah gamprós eu esperava por essa resposta... Surpresa dois entre.

Surpresa dois?

- Oi irmão!

- Eu te apresento a sua sócia, a Vivian.

Ta de brincadeira!

- Chocado? Eu estou também e muito eufórica, bem por onde eu começo?

Essa era a Vivis, não tinha como mudar, essa foi a realização da minha vida, pai vou continuar o seu legado, a alegria nunca irá acabar, eu nunca mais deixarei de sorrir.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O ASTRO REI - CAPÍTULO TRINTA E UM

Bom dia leitores, mais uma semana se começa e mais um capítulo da nossa reta final se aproxima.
Bora ler então?
Capítulo trinta e um no ar!
Boa leitura a todos!

CAPÍTULO 31:
AQUI SE FAZ AQUI SE PAGA



No outro dia Joice e eu fomos a casa de Vivis, ela fez questão de nos convidar para um almoço em família, tomara que ela tenha feito algo bom:

- Joice, minha cunhada linda como tem passado? Nossa sua barriga já esta aparecendo.

- Ola Vivian eu estou bem? Huummm que cheiro bom é esse?

- A eu fiz uma comida bem especial para hoje, uma feijoada daquelas.

- Vivis feijoada é muito gorduroso.

- Não ligue para ele cunhada, venha eu fritei alguns torresmos também.

- Nossa eu adoro torresmo.

- Vivis...

- O que é Fabrício?

- Ela não vai comer isso, feijoada não tem nada de nutritivo.

- Tem sim a couve... Vamos cunhada, ah só não tenho caipirinha, mas serve suco de limão né.

Se tem uma coisa que eu odeio é ser ignorado.

-

Bem a feijoada estava uma delícia, minha irmã caprichou no cardápio, e claro nos mimos também:

- Chega de bisteca Joice.

- Mas esta uma delícia.

- Pode comer cunhada, quer que eu frite mais?

- Vivis!

- O que é seu chato? Deixe a minha cunhada se libertar uma vez vai.

Essa Vivis consegue me tirar do sério viu:

- Escute, eu preciso de um favor seu.

- La vem... Diga.

- Eu tenho que ir a casa da Tamara, agora e eu vou sozinho.

- O que você vai fazer lá?

Encarei Joice que terminou de comer sua bisteca, eu havia a encarregado de contar sobre o nosso acordo que faria com Tamara naquele dia:

- Cuide de Joice, ela vai te contar toda a história.

Me levantei e segui para a porta, mas antes dei uma olhada nas duas e disse bem sério:

- E chega de besteiras.

- Vá logo seu mala, venha cunhada temos um sorvete para devorar.

- É de morango?

- Sim, e eu comprei calda de chocolate também.

Porque será que sou sempre ignorado?

-

Cheguei ao portão da casa de Tamara e bati palmas, desta fez ela apareceu de imediato:

- Veio sozinho desta vez?

- Eu aceito a sua proposta, pagaremos para que você realize o teste.

- Eu sabia que vocês pagariam.

Senti mais repulsa ainda de Tamara, como ela poderia sorrir assim?

- Mas vamos negociar esse valor.

- Quê? Nada de negociação, é cem mil e pronto.

- Não, isso é muito, te ofereço cinco mil.

- Enlouqueceu, isso não é nem metade do que pedi.

- Eu ainda estou sendo caridoso, porque não deveria te pagar nada.

- Então não temos acordo nenhum.

- Se eu fosse você não viraria as costas.

Tamara já ia voltar para dentro da sua casa quando eu sorrindo retirei meu celular e o sacudi:

- De novo isso.

- Sim, eu gravei toda a nossa conversa, agora vejamos, se eu enviar isso a um advogado acho que consigo efetuar o teste sem custo nenhum.

- Esta bem eu aceito... Cinco mil.

- Bem ainda é muito, vamos deixar por mil... Eu te aviso sobre os preparos.

Eu me virei e segui novamente para a casa de Vivis, mas antes deu para escutar a porta da casa de Tamara batendo bem forte.

-

Bom à notícia da redução do valor de cem mil para apenas mil fez o senhor Igor gargalhar:

- Gamprós você é excelente.

- Como você conseguiu essa proeza amor?

- A tecnologia sempre da uma ajudinha.

Procuramos o mais rápido possível uma clínica onde se realizava esse teste, e claro que com o poder do nome do meu sogro conseguimos uma data para a próxima semana, um alívio, logo saberíamos quem era o pai do feto de Tamara.

-

- Camarada você não esta nervoso?

- Um pouco Edson, e você?

- To suando até os cabelos... Não que eu lhe deseje isso, mas eu não quero ser o pai dessa criança.

- Infelizmente eu também não quero, se existisse uma terceira pessoa até que poderíamos descartar essa hipótese, mas não existe.

- Só um milagre para nos salvar.

- Edson milagres não acontecem assim.

Infelizmente nessa situação não existe nenhum milagre que possa nos ajudar.

-

Finalmente chegou o dia do exame, o material biológico meu e de Edson foram coletados, estávamos agora à espera de Tamara, ela estava atrasada, será que ela não viria?

- Ela não vem camarada?

- Não sei Edson, será que devemos ligar?

- Eu não sei, tentar não custa.

Peguei o celular e liguei, apenas chamou até cair na caixa postal, insisti, novamente chamou ate cair na caixa postal, droga ela daria o cano mesmo? Mais uma tentativa... Nada:

- Ela não atende?

- Será que ela vai dar o cano na gente mesmo?

- Tenta mais uma vez.

Peguei o telefone e liguei, droga só chama:

- Alô?

- Tamara onde você está? Você deveria nos encontrar a uma...

- Aaaaaaiiii... Me ajuda...

- Tamara o que foi?

Silêncio, a ligação ainda estava ativa, mas Tamara não respondia:

- Tamara... Alô? Alô?

A ligação caiu:

- O que houve?

- Rápido vamos até a casa da Tamara e chame uma ambulância, aconteceu alguma coisa com ela.

Saímos em disparada, acho que o milagre que Edson queria estava para acontecer.

-

Chegamos à casa de Tamara e a equipe médica já estava lá, os poucos vizinhos que ali viviam se aglomeraram para saber o que estava acontecendo, e foi com muito esforço que Edson e eu nos aproximamos da ambulância:

- Por favor o que ela teve?

- E você quem é?

- Fui eu quem chamou vocês... O que houve com ela?

- Pelo exame clínico deve ter sido AVC.

Não acreditei nas palavras da paramédica, AVC era grave, meu Deus o bebê:

- E o bebê?

- Ela esta grávida?

- Sim.

- Temos que levá-la agora, você vai acompanhá-la meu caro? É o pai da criança?

Puxa vida, essa foi a pergunta mais difícil que recebi na vida, encarei Edson que deu uma saída de mestre:

- Nós somos amigos dela, iremos seguindo a ambulância, leve-a a qualquer hospital eu cubro todos os gastos.

- Como queiram.

Partimos rapidamente, será que esse seria o fim de tudo?

-

Fomos para o hospital e no caminho eu avisei a Joice sobre o ocorrido, apesar de tudo que Tamara nos fez, deu para sentir a preocupação por parte da minha esposa:

- Vou para o hospital com meu bampás.

- Não posso te impedir, mas gostaria que ficasse em casa.

- Eu não vou conseguir ficar sossegada aqui, e também do seu lado eu me sinto melhor.

- Tudo bem então, vou te esperar aqui.

- Eu te amo.

- Eu também te amo.

Assim que chegamos ao hospital, Edson cuidou de toda essa parte burocrática e eu fui tentar saber de Tamara:

- Por favor, gostaria de saber noticias de uma moça que chegou com suspeita de ter tido um AVC...

- Ah sim, ela esta no centro cirúrgico senhor, parece que o caso é bem complicado.

Meu Deus, então era grave mesmo:

- E quanto tempo vai durar essa cirurgia?

- Não tenho essa informação precisa, o senhor precisa aguardar.

Agradeci a recepcionista, eu queria mesmo era saber o que havia de acontecido, como Tamara teve um AVC? Foi tão repentino, e a criança, será que ela vai sofrer com isso?

- Fabrício, já esta tudo resolvido aqui no hospital, agora temos que aguardar.

- Sim Edson, ela esta numa cirurgia agora.

- Eu fiquei sabendo, será que o bebê esta bem?

- Eu não sei Edson, mas eu espero que esteja tudo bem tanto com o bebê quanto com Tamara.

-

Foram quatro horas de espera, Joice e o senhor Igor chegaram logo e ficamos ali sentados a espera de alguma noticia, mas somente após a cirurgia é que um dos médicos que participou da operação surgiu:

- Acompanhantes de Tamara.

- Somos nós... Como ela esta?

- Tenho duas noticias, e nenhuma é boa.

Senti as pernas tremerem, mas eu precisava ser forte, pois vi Joice ficar pálida:

- Diga-nos doutor, que noticias são essas?

- A primeira é que realmente ela teve um AVC, parece que a paciente era hipertensa, isso é um agravante para um AVC, e ela não se cuidou ou não procurou um tratamento médico preciso para o seu diagnóstico, e infelizmente ela agora não pode mais andar, o AVC comprometeu parte do sistema neuromotor dela.

Joice começou a chorar, eu senti uma pena profunda de Tamara, coitada, estava invalida...

- E a segunda noticia?

- É sobre o bebê, ela perdeu, o choque da queda dela, a fez ter um aborto espontâneo, no meio da cirurgia ela teve um sangramento, e não tivemos muito que fazer, eu sinto muito.

Eu não tinha palavras nem para agradecer as informações, simplesmente assenti com a cabeça, e fui consolar minha esposa, não dava para acreditar que aquele era o fim de Tamara, invalida, perdeu o filho... Será que essa era a punição pelo mal que ela fez? Será que ela realmente merecia isso?

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O ASTRO REI - CAPÍTULO TRINTA

Bom dia caros leitores, começando mais uma sexta com um capítulo sensacional.
Nossa historia esta partindo para a reta final, momentos emocionantes, decisivos e claro divertidos.
Bora ler então?
Boa leitura a todos!

CAPÍTULO 30:
NEM TUDO É COMO SE ESPERA

                

Fui o caminho todo abismado, não esperava por uma atitude daquelas, talvez por que ainda tinha a esperança de ver os traços da antiga Tamara, e praticamente hoje foi à confirmação de que a pessoa boa que sempre estava ali para me ajudar, uma amiga fiel nunca existiu, Deus como é que uma pessoa assim pode existir?

- Ei meu camarada esta tudo bem?

- Estou tentado deixar tudo bem Edson, mas não consigo aceitar as palavras de Tamara, como ela consegue ser tão suja... Podre... Ela só pensa em dinheiro mesmo.

- Olhe eu também estou chocado, porque na verdade eu apenas suspeitava disso, mas hoje ela confirmou ser quem é.

- Mas e sobre o aborto? Porque você deixou ela fazer isso?

- Ela quem quis Fabrício, eu nunca pedi para ela abortar, claro admito que não queria ter um filho, nem agora eu quero, mas jamais pediria para ela tirar o feto... Mas ela quis tanto, mas escute só você que sabe dessa historia viu.

- A Suzana não sabe.

- Não, e nem deve saber, foi algo que apenas Tamara e eu combinamos, então eu conto com a sua discrição.

- Sim... Pode deixar, estou tão perplexo com a frieza como ela pediu dinheiro, e a quantia então, onde eu vou arrumar cem mil?

- Fica sossegado, eu cuido disso.

- Não Edson, isso não pode ficar assim, é muito dinheiro, ela não merece ficar assim, deve existir outro meio, talvez algo legal, não vamos sujar as mãos por causa disso, não mesmo.

- Tem certeza?

- Tenho por hora me leve para casa.

- Fica frio meu camarada, vamos chegar na sua casa em dois minutos.

Assenti com a cabeça, naquele momento eu não estava bom para falar mais, ainda não posso acreditar no que ouvi, às vezes eu me pergunto: Por quê Deus permite que um ser desses possa gerar um filho? Se é algo que ela repudia tanto, porque a deixar gerar a vida? Será que ela merece algo assim? Uma dádiva tão linda, mas que ela odeia? Há coisas que eu não entendo, mas que talvez haja um propósito, só não sei qual:

- Vixi, problemas.

- O que foi Edson?

- Olha quem tá ali na frente do prédio.

De braços cruzados e com o rosto todo vermelho estava Joice... Acho que meu plano não deu muito certo.

-

Desci do carro sorri para minha esposa, acho que meu sogro acabou falando algum que não devia:

- Oi amor... Tudo bem?

- Onde você estava Fabrício?

- Eu... Por que esta perguntando?

- Responda.

- Cadê seu pai?

- Fabrício...

- Ta bom... Ta bom... Eu falo a verdade, mas o que você sabe?

- Eu não sei de nada, quero saber onde você estava? E o Edson também!

- Eu?

- Sim, a Suzana esta te procurando sabia.

- A gente pode entrar, daí podemos conversar melhor.

Joice se virou e entrou, puxa vida, ela estava furiosa, mas eu não podia mentir, não agora, isso só pioraria as coisas, olhei para Edson apreensivo, mas tinha uma solução para isso:

- Vá a padaria e compre o que puder de pão doce, sonhos, biscoitos, compre o que puder carregar.

- Mas porquê?

- Faça isso, assim podemos aliviar a dose de raiva da Joice.

- Puxa você sabe mesmo como acalmá-la né.

- Vá rápido.

Edson saiu correndo, e eu fui entrando no prédio, Joice ainda estava de braços cruzados e me aguardava no hall de entrada:

- Cadê o Edson?

- Deu uma saidinha rápida.

- Sei... Vamos subindo então.

Tentei abraça-la, mas Joice se afastou, Deus do céu, o que o meu sogro falou? Assim que entramos no apartamento eu o encontro de joelhos diante da dona Vera:

- Synchóresi... Synchóresi...

- Den... Igor eu não acredito que você fez isso...

Assim que o senhor Igor meu viu ele saiu correndo:

- Gamprós... Elas descobriram tudo... Tudo.

A cara da dona Vera era assustadora, e com a Joice ao seu lado, eu entendi a o desespero do senhor Igor, eu no lugar dele estaria em prantos:

- Vamos lá por onde eu devo começar?

- Pelo princípio, por que fez meu pai mentir para mim?

- Joice, eu fiz isso pelo seu bem...

- Meu bem? Você induziu meu pai a mentir...

- Foi por uma boa razão?

- Jura? E que razão foi essa?

Olhei para o senhor Igor, ele estava aflito, bom, ao menos ele não contou tudo, respirei fundo me sentei no sofá e resumi toda a história:

- Edson e eu fomos ver Tamara.

- Eu sabia... E você mentiu sobre isso porque?

- Por que esse é um problema que eu causei, e eu não quero envolver ninguém dessa família nisso.

- Que desculpa, mas sem pé e sem cabeça Fabrício...

- É a verdade Joice, vocês são maravilhosos, e eu não posso de jeito algum torturar vocês com esse problema, eu vou resolver ele, de alguma forma, só não sei como, mas eu vou, assim eu vou poder ver o seu sorriso novamente lua da minha vida, por que eu sei que não esta nada feliz sabendo que aquela... Aquela lá pode estar esperando um filho meu, e eu não suporto saber disso também... Não suporto.

Eu estava com ódio, realmente saber que aquela mulher tão suja carregava a dádiva de um filho, e possivelmente sendo meu, era repugnante. Joice se aproximou de mim, e acariciou o meu rosto, eu fiquei perplexo, pois não esperava por essa atitude:

- Amor somos um casal, não precisa mentir para mim, se queria resolver isso sozinho, bastava me falar.

- Eu não queria preocupá-la.

- Mas eu me preocupo sempre com você.

- Eu estou perdoado então?

- Quase... Isso vai lhe custar...

Nesse momento Edson chegou carregado de sacolas com pães doces e sorrindo:

- Alguém quer um docinho?

- Aaaaaaaaaahhh doce...

Joice correu para as sacolas e começou a devorar um pão de coco, a filha eu consegui acalmar, mas a mãe...

- Fabrício, o que você pensa que estava fazendo?

- Eu só queria resolver isso dona Vera?

- E resolveu?

- Não... Pelo contrário, descobrir que Tamara é mais imunda do que eu imaginava.

Dona Vera se aproximou e sentou-se ao meu lado, ela segurou a minha mão e começou a acariciá-la:

- Escute, fomos agora uma família, então não minta mais para nós, vamos sempre estar ao seu lado, tudo bem querido.

- Sim senhora, me perdoe.

- Esta perdoado.

- E eu gynaíka?

- Vou pensar no seu caso agapitós, primeiro eu preciso comer um desses pães maravilhosos.

O doce sempre salva a vida das pessoas, e alguns casamentos também.

-

Os doces foram à alegria da tarde, porém eu era o único que não estava tão feliz assim:

- Gamprós o que foi? Me parece triste.

- Bem... Ainda estou lembrando da conversa que tive com... Aquela pessoa.

- Você cita Tamara com nojo? O que houve querido?

- Dona Vera, eu pensei que ainda havia algum vestígio da amiga que um dia eu tive, nem que seja lucidez, mas hoje ficou provado que ela nunca existiu.

- Amor conte-nos o que vocês conversaram?

- Fabrício...

- Fique sossegado Edson... Essa pessoa não tem amor nenhum pelo bebê que esta gerando, ela apenas quer dinheiro... Essa suja pediu uma grande quantia para realizar o teste de paternidade invasivo.

Todos ficaram chocados, era de se esperar, afinal a solução para tal situação estava em cifrões não no cuidado e preocupação que teria com o bebê:

- Que mulher desprezível como pode pedir dinheiro para realizar tal ato, sendo que ela pode perder a criança.

- Senhor Igor, ela não tem amor por esse bebê, e ficou bem claro depois de hoje, mas eu não vou aceitar isso... 

- Calma amor, eu entendendo a sua revolta, não consigo imaginar Tamara sendo tão fria, eu mesma jamais faria algo que comprometesse o nosso filho.

- Eu sei meu amor, mas ela não pensa assim, tanto que até disse que se o exame fosse realizado era para ser garantido que nada de ruim acontecesse com ela, já com o bebê...

- Estou chocada gamprós, não acredito que essa moça foi tão fria assim?

- Pior que foi dona Vera.

- Quanto ela pediu de dinheiro?

- Cem mil senhor Igor... Cem mil.

- Gente tudo isso.

- Sim meu amor pediu tudo isso.

- Nós podemos pagar gamprós, é uma boa quantia, mas temos condição.

- A questão não é essa senhor Igor, se cedermos a isso, Tamara vai querer dinheiro sempre, esse é o propósito dela, arrancar o máximo de dinheiro que o senhor tem , ou se o pai for Edson tirar o dinheiro dele, ela tem que entender que isso não é certo.

- Mas amor, pelo que você disse ela não vai mudar, ela não vai querer fazer esse exame pelo simples fato de resolver esse assunto.

- Eu sei, mas tem que ser de outro jeito, eu não aceito...

- Fabrício querido, infelizmente eu tenho que concordar com todos aqui, se Tamara quer dinheiro, acho que esse é o melhor caminho, mas assim como ela fez exigências, podemos fazer as nossas também.

- Como assim dona Vera?

- Faremos um contrato, caso a paternidade seja sua, você ficara com a guarda da criança, ela não terá contato e vamos nos responsabilizar por tudo em questão do filho, assim evita dela ficar sempre pedindo dinheiro, no máximo ela vai querer uma quantia em dinheiro para assinar esse contrato, mas o que é o dinheiro para salvar uma criança?

- Mas dona Vera, vocês estão dispostos a pagar com o dinheiro de vocês, por um filho que é meu e não tem laço nenhum com vocês?

- Gamprós, somos uma família, e estamos todos juntos, não vamos te abandonar.

- Não mesmo meu amor, estaremos ao seu lado sempre.

Definitivamente eles são sensacionais, eu não poderia ter pedido uma família melhor:

- Acho que não temos outra escolha.

- Não meu camarada, e se a paternidade for minha, eu também vou realizar esse contrato, acho digno que eu assuma a criança.

- A conduta certa querido Edson, digno de um padrinho de casamento.

- Ah que isso dona Vera, assim eu fico sem graça.

Todos riram ao verem Edson encabulado, eu nunca pensei que teríamos um desfecho assim, o dinheiro que prevaleceria nesse problema:

- Então temos um acordo?

- Sim, mesmo não sendo um dos melhores gamprós.

- Ótimo, então agora é só marcar o teste e deixem o resto comigo.

Bem, não era para ser desse jeito, mas acho que essa sempre foi a solução que Tamara queria. A cada dia que passa eu admiro mais a minha família, e passo a menosprezar cada vez mais a causadora dos meus infortúnios.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O ASTRO REI - CAPÍTULO VINTE E NOVE

Bom dia leitores, um pouco atrasado, mas eis que esta aqui pra vocês, o capítulo vinte e nove.
Boa leitura a todos!

CAPÍTULO 29:
ENCONTRO E DECISÃO

                

Joice e eu fomos para o nosso quarto, após a noticia, o clima não ficou um dos melhores, mas eles não deixariam toda aquela comida ali, então eles resolveram tentar animar um pouco as coisas:

- Amor, será que Tamara vai se sujeitar a fazer esse exame?

- Eu acredito que não, para ela seria muita desvantagem pensar que eu não sou o pai do filho dela.

- Tenho medo Fabrício.

- Medo do que amor?

- De você acabar me trocando por ela... Tamara é linda, muito mais linda que eu.

- Ei, pare com essa besteiras, eu jamais te trocaria por ela, já se esqueceu que você é a lua da minha vida.

- É que às vezes bate uma insegurança, quando é que a gente vai poder ser feliz de verdade meu amor...

- Eu quero ser feliz sempre ao seu lado, não vou deixar isso nos atrapalhar, estamos juntos nessa, vamos conseguir uma solução para esse problema.

Joice me abraçou e chorou, acho que a gestação a deixou mais sensível, ou talvez ter que lidar com esse problema a deixava mais insegura do que ela mesmo podia aguentar:

- Vamos para a sala?

- Você não esta cansado?

- Estou, mas também não quero perder a oportunidade de estar perto da nossa família... Não é sempre que eles se reúnem assim né.

- Isso é verdade.

- E eu deixo você comer mais biscoitos amanteigados.

- E chocolate quente?

- Tudo o que você quiser, só me prometa que não chorará mais por causa de Tamara.

- Mas...

- Me prometa!

Joice fungou, mas enxugou as lágrimas e forçou um sorriso:

- Eu te prometo meu amor, afinal sou a esposa de um palhaço.

- Muito bem Joice, agora vamos antes que a Vivis resolva acabar com os biscoitos.

Saímos abraçados... Minha doce Joice, quantas incertezas a cercam, eu queria poder demonstrar mais o meu amor a ela, demonstra que realmente isso não nos afetará, mas o que eu posso fazer?

-

Os dias foram passando, e nada de eu conseguir uma saída sobre o problema com Tamara, eu não sabia nem onde encontra-la, de acordo com a Vivis, a casa dela estava fechada há dias, acho que ela se mudou assim ninguém a encontraria tão fácil.

Edson foi à faculdade, mas também sem sucesso, agora em que buraco ela se enfiou? 

Eu tentava seguir a vida normal junto com Joice, mas era obvio que para ela nada estava normal, até resolvermos esse problema, não tinha como seguirmos com a nossa pacata vida de casados:

- Amor meu pai quer dar um carro para o bebê, da pra convencer ele de que ainda é cedo para isso?

Bom de pacata acho que não tem muito né:

- Pode deixar Joice, eu vou falar com o meu se-dikaíou.

- Vai lá mesmo que já não aguento mais esse assunto e quando voltar passa na cozinha e traga algo para comer.

- Temos frutas lá no quatro sabia?

- Por favor, uma bolachinha vai, to com desejo.

Essa era a arte manhã dela, o desejo, mas eu não caia tão fácil:

- Coma uma maçã que o desejo passa, eu já volto meu amor.

- Droga se fosse a Vivis ela me traria...

- A diferença é que faço isso para o seu bem, a Vivis só vê o bem do bebê, eu já volto.

Beijo a testa de Joice, mas ainda a escuto resmungando, era mais fácil lidar com um pedido de uma maçã do que com o nosso atual problema.

Segui para o escritório, onde encontrei o senhor Igor ao telefone, pensei em sair, pois sabia o quanto ele trabalhava ali, mas ele vez um gesto para que eu me sentasse e aguardasse:

- We decided it later, bye... Puxa odeio falar com esses gringos.

- Pelo menos o senhor falar com eles, eu apenas diria Yes e no...

- Adoro as suas piadas gamprós... Diga em que posso ajudá-lo.

- A Joice me falou da loucura de presente que o senhor que dar para o nosso bebê.

- Loucura, mas é apenas um carro...

- Senhor Igor, o bebê nem nasceu ainda.

- Isso é apenas um detalhe vai...

- Um detalhe que eu me importo, escute eu aceitei morar aqui, mas isso não significa que o senhor pode comprar algo tão caro para um recém-nascido que nem nasceu, se quer comprar um carro compre para o senhor, estamos entendidos.

- Mas gamprós...

- Senhor Igor, eu estou falando sério, não quero nada fútil para o meu filho, ele tem que saber que tudo nessa vida tem que se conquistar com garra e esforço, por favor respeite essa minha vontade.

- Arrrr... Você e a minha gynaíka deveriam dar as mãos às vezes.

- Fazemos isso para o bem do bebê e do senhor, agora eu também vim aqui para lhe pedir uma ajuda.

- Ajuda... O que houve?

- Já se passaram dias e nada de encontrarmos Tamara, será que ela fugiu de nós?

- Não acredito nessa hipótese, acho que ela esta escondida.

- Mas por que se esconderia? Se eu for o pai dessa criança eu vou assumi-la afinal ninguém alem de mim tem culpa por essa situação que estamos vivendo.

- Deixe disso, você não tem culpa de nada... Se quer culpar alguém, culpe Tamara.

- Vamos voltar ao foco, afinal culpado ou não a criança esta crescendo né.

- Sim, acho que deveríamos procurá-la.

- Mas onde? Em casa ela não esta mais, na faculdade sumiu, onde diabos ela pode estar? E porque ela se esconderia?

- Talvez ela sabia que estamos procurando por ela, pense se você não que ser encontrado, você da um jeito de desaparecer, não deixa rastros, ou seja, ela deve estar escondendo algo.

O senhor Igor tinha razão, acho que Tamara estava mais é fugindo do que se escondendo, mas por que isso? Será que ela realmente estava grávida?

- Acho que esta na hora de eu tentar fazer uma visita a ela.

- E vai sozinho?

- Talvez seja isso que ela queira senhor Igor, sei que não sou digno de confiança pelo que aconteceu entre ela e eu...

- Já te falei que você não tem culpa dessa situação, eu confio em você, só não confio na Tamara e se ela tentar te dopar novamente?

- Vamos fazer o seguinte, eu vou com o Edson, assim ele fica de prontidão e qualquer coisa ele entra para me socorrer.

- Huuumm... Eu poderia ir no lugar dele gamprós.

- Melhor não, assim não levantamos suspeitas, quero resolver isso sozinho, foi um problema que eu trouxe, e serei eu a resolvê-lo.

- Somos uma família gamprós, podemos resolver isso juntos.

- Eu prefiro assim senhor Igor, a sua discrição já é uma ajuda e tanto.

- Esta bem... Me diga, onde vai começar procurando por ela?

- Na casa dela, acho que Tamara deve estar lá, reclusa e fingindo não ter ninguém.

- Pode ser... Agora me diga uma coisa que cor prefere, preto ou prata.

- Huuuummm ... Prata, mas por que?

- Essa vai ser a cor do carro do meu neto.

- Senhor Igor...

- Brincadeirinha gamprós... Você deveria ter visto a sua cara.

O senhor Igor se levantou, e começou a sacudir, ainda bem que eu não tinha problema com enxaquecas, pois se a cada piada que ele me contasse terminasse numa sacudida eu não teria mais neurônios.

-

Bem naquela tarde eu decidi ir logo encarar Tamara, então combinei com o senhor Igor e Edson a minha saída, meu se-dikaíou ficou encarregado de me dar cobertura, para que Joice não desconfie de nada, e Edson já me aguardava na saída do prédio:

- Senhor Igor, vou sair agora, não esqueça do nosso combinado.

- Ai gamprós... Eu já to suando aqui.

- Senhor Igor, é o senhor se trancar na sua sala e se alguém perguntar por mim diga que fui ver a Vivis.

- Eu não gosto de mentira.

- É por uma boa causa.

- E se ela descobrir, minha kóri vai me odiar...

- Eu deixo o senhor comprar o carro para o bebê, estamos acertados.

- Bem... Uma troca justa né.

Eu vou me arrepender disso, mas pelo bem dessa missão eu precisava fazer com que meu sogro mentisse, só espero que ele não fique nervoso.

- Eu vou indo esta bem, qualquer coisa me ligue urgente.

- Pode deixar gamprós... Carro prata, tem uns modelos maravilhosos...

Já me arrependi de ter feito essa negociação. Sai sorrateiramente e desci pelo elevador até a portaria, e de longe encontrei Edson do lado de fora do carro e falando no celular, por que ele não estava dentro do carro? Se alguém o visse, fim de plano.

- Edson por que esta do lado de fora?

- Não Antonela, eu ia te ligar... Esperai meu camarada, to falando com a Antonela... Não, por favor, não me entenda mal, olha eu te ligo mais tarde... Mi gusta si... Um beijo... Ufa essa foi por pouco, essas mulheres.

- Hum... 

- O que foi?

- Você tinha que sair para fora do carro? E se alguém te visse?

- Ah meu camarada fica em paz, ninguém me viu, pode ter certeza.

Balanço a cabeça não acreditando que minha equipe para essa missão é um tarado e um grego velho que não sabe mentir, acho que minhas chances de sucessos despencaram agora:

- Vamos logo antes que fique tarde.

- Bora lá.

Entrei dentro do carro e rapidamente partimos, só espero que minhas suspeitas estejam corretas e que Tamara esteja na casa dela.

-

Bati palmas três vezes no portão da casa de Tamara, e ninguém apareceu, droga acho que meu palpite não estava certo, onde diabos essa mulher se escondeu?

- Fabrício, vamos embora, não tem ninguém nessa casa.

- Espera mais um pouco Edson, deixa eu tentar mais uma vez.

Voltei a bater palmas só que mais forte, e fiquei encarando a janela, até que eu vi um vulto, suspirei aliviado, tinha alguém na casa:

- Tamara eu sei que esta ai, apareça eu quero conversar com você.

Nenhuma resposta, ela ia mesmo se fazer de difícil:

- Eu não saio daqui nem por um decreto, apareça.

Nada, e minha paciência estava começando a se esgotar:

- Eu vou pular esse portão e arrombar a porta se você não sair ao eu terminar de contar... UUUUUUUUUUUUUMM... DOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOIS... TRESQUATROCINCOSEISSETEOITONOVE E DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEZ.

A porta de se abriu, Tamara surgiu com a sua cara de azeda, cara feia para mim é fome, se ela pensa que me assusta esta muito bem enganada:

- O que você quer garoto?

- Quero falar com você, sobre... A sua gestação.

- Sobre o que você quer falar?

- Eu quero fazer um teste de paternidade, e o Edson também.

- É... É

- Tudo bem, quando a criança nascer à gente realiza o teste, pelo visto já ficou sabendo que o Edson me aliciou também.

- Eu não aliciei ninguém, transamos porque queremos.

- Você me embebedou...

- Ah se fecha garota, você que bebeu alem da conta... 

- Isso não importar, o que interessa é que queremos fazer o teste de paternidade invasivo?

- Que tipo de teste é esse?

- Vão coletar dados do feto e nosso material genético, e vão comparar para saber quem é o pai, mas há um risco.

- Risco?

- Esse exame pode provocar um aborto.

- Aborto? Não nem em sonho, eu não aceito isso, nem por dinheiro, nem por nada.

- Tamara é um chance pequena, não é nada concreto, e outra vamos dar todo o suporte, nada de mal há de acontecer com você ou com o bebê.

- NÃO...

Fiquei tão furioso que comecei a sacudir o portão, era teimosia, não preocupação, Tamara estava fazendo aquilo só para destruir o meu casamento:

- SUA MALDITA VOCÊ NÃO QUER FAZER ISSO SÓ PARA VER MEU CASAMENTO RUIR, MAS ISSO NÃO VAI ACONTECER...

- Ah ficou macho agora é.

- Se acalme meu camarada, deixa que eu falo com ela... Tamara vamos lá, quanto você quer para fazer o teste.

- Já disse eu não quero nada.

- Não venha com essa, você nem gosta desse filho que ta crescendo em você, na verdade você nunca quis ser mãe ou já se esqueceu de quando nós namorávamos...

Tamara encarou Edson de forma furiosa, havia acontecido alguma ao qual envolvia filhos, será que...

- Eu só fiz aquele aborto por que eu era jovem.

- Não você fez o aborto por que não suportava ver seu corpo ficar deformado, então vamos lá, diga quando você quer, ou o que você quer para realizar esse exame?

A cara de chocada e azeda mudou completamente, ela suspirou e disse séria:

- Cem mim esta bom.

O choque agora veio em mim... Tamara estava aceitando dinheiro? Era isso mesmo?

- Tudo bem, cem mil.

- Mas eu quero que nada de mal aconteça comigo, de resto eu nem ligo.

Como pode alguém ser tão insensível? Ela não ligava para o bebê, era tudo por dinheiro, fiquei tão enjoado e comecei a vomitar, era nojento estar na presença de alguém tão suja como ela:

- O que foi Fabrício? Esta passando mal? E a grávida aqui sou eu hein.

- Repugnante... Vamos Edson, antes que eu... Ah... Vamos.

- Não esqueçam o meu dinheiro viu.

Não tive vontade de responder, se antes eu não suportava Tamara, agora eu não queria nem ao menos sentir dó dela... Imunda.